Clarence Seedorf zou de nieuwe trainer worden van Club Atlético Paranaense, maar de Braziliaanse club liet onlangs weten, dat het niet verder gaat met de Nederlander, maar met Fernando Diniz. De oud-international van het Nederlands elftal was de grote favoriet van de club; CAP legt echter uit, dat de tussenpersoon bij de onderhandelingen een 'exorbitante commissie' vroeg.
'Tijdens de onderhandelingen werd CAP geconfronteerd met het negatieve gedrag van de zaakwaarnemer (de heer Bruno Paiva), die een exorbitante commissie voor bemiddeling eiste', zo luidt een deel van het uitvoerige statement van de club (zie onderaan).
CAP en Seedorf onderhandelden over een overeenkomst dat zou duren tot eind 2019. De zaakwaarnemer gooide echter roet in het eten.
Paiva zou volgens de club ook bij enkele spelers dwars hebben gezeten bij onderhandelingen. De club doet een noodkreet en zegt dat de voetbalmarkt op de schop moet, omdat slechts vijf of zes partijen ‘vol hebzucht’ de zaken van duizenden voetballers verkeerd vertegenwoordigen.
CAP spreekt van ‘gewetenloos gedrag’ van mensen die atleten en trainers ‘exploiteren’ en alleen maar aan zichzelf denken.
Seedorf moet dus op zoek naar een andere mogelijke werkgever. De voormalig middenvelder van onder meer Ajax, Real Madrid en AC Milan begon zijn trainersloopbaan in 2014 bij laatstgenoemde club. Na vijf maanden werd hij al uit zijn functie ontheven. Ook een avontuur bij Shenzhen FC was in 2016 van korte duur: Seedorf kreeg na zes maanden zijn congé. Sindsdien is hij werkloos.
http://www.atleticoparanaense.com/site/noticias/detalhe/45153/Esclarecimento-porque-a-alternativa-Seedorf-no-deu-certo
Esclarecimento porque a alternativa Seedorf não deu certo
08/01/2018 - Imprensa CAP
O Clube Atlético Paranaense vem a público, em especial perante a sua
torcida, apresentar as principais razões que levaram à exclusão da
alternativa Seedorf no planejamento técnico do futebol atleticano.
Com a saída de Paulo Autuori, o CAP foi ao mercado buscar um
Coordenador e Técnico para a condução do futebol profissional. Várias
opções se apresentaram ao Clube e, dentre elas, a oferta dos serviços de
Clarence Seedorf, pelo intermediário do Sr. Bruno Paiva, representante
da OTB Sports (empresa de gerenciamento de atletas e treinadores).
As tratativas caminhavam e Seedorf conheceu a estrutura e o projeto do
CAP para as temporadas de 2018 e 2019, chegando até a definir as
condições iniciais de sua contratação por intermédio do Sr. Paiva, com a
confecção, inclusive, de minuta contratual. Porém, durante as
negociações, o CAP deparou-se com a conduta negativa do referido agente,
que passou a exigir uma exorbitante comissão pela intermediação. Nessa
ocasião, o CAP ainda tomou conhecimento de como o Sr. Paiva, também
agente e procurador do nosso ex-goleiro Weverton, conduziu a não
renovação de seu contrato, além das suas ações de impedir a
profissionalização pelo Clube do garoto Marcos Antonio Silva Santos (o
“Bahia”), que por conta da formação de excelência recebida, chegou até a
Seleção Brasileira Sub-17. Próximo de alcançar os 18 anos de idade (em
junho de 2018), Bahia, influenciado por seus agentes, muito
provavelmente romperá sua formação desportiva e buscará subterfúgios
para burlar a indenização nacional por formação estabelecida na Lei Pelé
e fixar vínculo desportivo no mercado estrangeiro, objetivando tão
somente pagar custos básicos de formação, (indenização externa) em
prejuízo técnico, econômico e financeiro do Clube Formador!
Vale dizer que, além de Weverton e Bahia, Paiva também adquiriu
procurações de outros atletas com formação no CAP — caso do lateral
Sidcley Ferreira Pereira — possivelmente com o auxílio de um
ex-funcionário, o Sr. Pedro Zalla, que atuou no Clube e hoje também
pertence ao grupo OTB Sports.
Exige o tema uma nota de reflexão, tanto para o CAP como para todos os
clubes do futebol brasileiro, bem como à CBF — que regulamenta a atuação
dos intermediários perante seus filiados — sobre a inescrupulosa
conduta de certos agentes que, além de explorarem economicamente atletas
e treinadores, intervêm negativamente em suas carreiras,
direcionando-os para aquilo que melhor atenda a seus interesses
financeiros pessoais. Tais agentes atuam de forma parasita sobre os já
combalidos cofres dos clubes brasileiros, que, na ânsia de obter bons
resultados em campo, acabam cativos, compelidos a aceitar as exigências
de valores absurdos de contratos de trabalho e comissões maiores ainda.
Enriquecem os agentes e empobrecem os clubes, que são (e devem ser) os
únicos e verdadeiros protagonistas do futebol.
A Lei Pelé, de 1998, originou o fim do “passe” e criou o instrumento
para o fim da “escravidão” no futebol. Porém, o que se apresenta hoje é
que o “escravo” apenas mudou de “dono”. A CBF registra em torno de 800
nomes de agentes que atuam no controle dos atletas desde seu início de
carreira. Muitos meninos com 12 e 13 anos de idade já possuem agentes,
com procurações “compradas” com o dinheiro dos próprios clubes.
Atualmente, o mercado do futebol está centralizado em 5 ou 6 grandes
grupos de empresários, que ditam as regras de mercado e dominam as
relações entre clubes e atletas.
Algo deve ser feito!
Cabe aqui, o protesto formal do Clube Atlético Paranaense contra esse
nefasto e prejudicial sistema mercadológico estabelecido pela ganância
de quem nada contribui com o futebol — ao contrário, dele apenas se
alimenta. Compete aos clubes, seus dirigentes e órgãos reguladores
tomarem medidas urgentes a respeito do “Mal” representado por essas
intermediações e dar um “Basta!”, para o bem do futuro do futebol.
Mario Celso Petraglia
Presidente do Conselho Deliberativo
Clube Atlético Paranaense
(Suriname Mirror/Club Atlético Paranaense/voetbalzone.nl)
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